A descolonização do olhar
Para o arquiteto Marcelo Rosenbaum, precisamos reconstruir nossa maneira de olhar para objetos, pessoas e relações. Só assim vamos enxergar a beleza do mundo O que é menos ou o que é simples? Foram perguntas como essas que nortearam os últimos anos de trabalho do arquiteto e designer Marcelo Rosenbaum, de São Paulo. Parte dessa busca aconteceu em uma cidade no interior do Piauí, Várzea Queimada. Por que lá? “Escolhemos o lugar por conta de uma métrica. A cidade tem um dos menores valores do chamado Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)”, conta Marcelo, que morou pouco mais de um mês por lá. Na convivência, ele conheceu histórias lindas. Foi no vilarejo também que descobriu algo que tem colocado em prática em sua vida diária, nas relações com as pessoas próximas, no trabalho: a descolonização do olhar, uma maneira de enxergar a essência daquilo que está, todos os dias, na nossa frente, com menos conceitos preestabelecidos e mais sensibilidade e delicadeza. E foi de