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Mostrando postagens com o rótulo Indígenas

Ainu, o povo indígena do Japão que vivia com ursos

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  Os Ainu construíram suas casas ao longo dos rios ou à beira-mar, onde a água era abundante e a salvo de desastres naturais   "Esta é a nossa cabana de urso", grita a mulher baixinha e vivaz por meio de um megafone de mão, enquanto seu sorriso revela as rugas profundas na testa. Um chapéu azul estava empoleirado na sua cabeça e uma túnica curta, bordada com desenhos geométricos rosa, estava fortemente amarrada na sua cintura. Ela apontou para uma estrutura de madeira feita de toras redondas, elevada acima do solo sobre palafitas. "Capturávamos os ursos quando filhotes, e os criávamos como membros da família. Eles compartilhavam da nossa comida e viviam em nossa aldeia. Quando chegava a hora, devolvíamos um à natureza, e matávamos o outro para comer." Por terem tratado bem o urso em vida, seu povo acreditava que o espírito sagrado do animal, que eles cultuavam como uma divindade, garantiria prosperidade contínua à comunidade. Kimiko Naraki tem 70 anos,

Cacique Seattle: o indígena que idealizou uma sociedade pacífica entre brancos e nativos

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Estátua em homenagem ao líder indígena, em Seattle / Crédito: Divulgação O líder indígena foi uma das mais famosas figuras da história dos EUA O cacique Seattle , ou Sealth , como muitas vezes é chamado, representou uma das lideranças mais importantes da história dos EUA. Com 1,8 metro de altura, era considerado um homem belo e forte, além de ser um grande guerreiro indígena. Com o passar do tempo, o chefe das tribos Duwamish e Suquamish, tornou-se uma figura lendária. Há ainda um famoso texto, muito difundido nos dias de hoje, cuja autoria costuma ser atribuída ao chefe: a carta do cacique Seattle ao presidente Franklin Pierce , que é tida como um manifesto em defesa da natureza. Contudo, sua autenticidade é controversa, uma vez que há diversas versões documento. Alguns historiadores afirmam que há evidências de que a carta como conhecemos hoje em dia foi escrita muito depois de 1855, período em que dizem ter sido elaborada. Outros consideram que o verdadeiro discurso tratava-s

Hwërɨmamotima thë pë ã oni - Manual dos remédios tradicionais Yanomami, com download gratuíto!

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O Manual dos remédios tradicionais Yanomami é resultado de um longo trabalho de pesquisadores Yanomami. Jovens deste povo estão sendo formados para produzir pesquisas que ajudem a fortalecer seus conhecimentos tradicionais e dialogar com outros conhecimentos indígenas e não indígenas.  O manual se inspirou na pesquisa do antropólogo Bruce Albert e do botânico William Milliken, realizada entre 1992 e 1994, que apresenta um extenso levantamento das plantas medicinais usadas pelos Yanomami para curar diferentes doenças.     Download Aqui! (livro em PDF)   Pode te interessar também:  ISA lança manual sobre plantas indígenas com download gratuito

Moringa, a árvore mágica que pode acabar com a fome no mundo

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Suas folhas verdes contêm mais cálcio que o leite de vaca e mais ferro que o espinafre Poucos brasileiros ouviram falar de uma planta chamada moringa . Originária da Ásia e da África, a árvore de até 12 metros de altura fornece abundantes galhos carregados de pequenas folhinhas verdes. Considerada como uma panaceia para muitos males – de tratamento da malária a dores de estômago – e um alimento com alto valor nutritivo e com uma excelente composição de proteínas, vitaminas e sais minerais, a moringa é uma daquelas árvore que todos habitantes dos trópicos deveriam ter no quintal de casa.   Mulher Karo retira folhas verdes dos talos da moringa para preparar refeição (Foto: © Haroldo Castro/Época)   Das 14 espécies identificadas, duas são as mais populares. Nativa das encostas do Himalaia, a Moringa oleifera foi reconhecida pela medicina ayurvédica como uma importante erva medicinal há quatro mil anos. A planta indiana acabou sendo disseminada por t

Alimentos brasileiros que correm risco de extinção

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Araticum, bijajica, alfenim, cambucá, ariá, abiu, grumixama. Pode parecer que estamos falando outro idioma, mas essas são palavras que não poderiam ser mais brasileiras. Trata-se de elementos naturais da nossa terra e que, por diferentes motivos, estão ameaçados de extinção. Chega a ser estranho pensar que, em meio a uma diversidade tão grande de produtos nativos de nossa terra, parte significativa da população consuma sempre os mesmos itens. Por que será que tantos outros, como esses citados acima, são desconhecidos para muitos e correm o risco de desaparecer? A Slow Food é uma organização fundada na Itália, que tem como missão defender a biodiversidade alimentar e tradições gastronômicas em todo o mundo, além de promover um modelo sustentável de agricultura. A fundação criou um catálogo mundial chamado “Arca do Gosto”, que conta com mais de 3.500 alimentos, divididos em raças animais, frutas e hortaliças, de diversas partes do mundo, que correm risco de desaparecimento

Pioneiro de pesquisa sobre cogumelos indígenas reencontra os Sanöma

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Panus  spp Há 50 anos, Sir Ghillean Prance, botânico britânico, esteve na Terra Indígena Yanomami e se encantou pelas variedades locais de fungos comestíveis. Em entrevista ao ISA, ele afirma que a comercialização dos cogumelos hoje pode ajudar a manutenção da cultura Yanomami Um botânico inglês recém-doutorado pela Universidade de Oxford desembarca em Auaris, hoje Terra Indígena Yanomami, Roraima. O ano é 1968, e a comunidade o presenteia com algo que ele nunca tinha visto. Um grupo de mulheres Sanöma, parte do povo Yanomami, volta da roça com misteriosos embrulhos de folhas de bananeira. Ghillean Tolmie Prance, que já tinha tudo pronto para começar seu trabalho de taxonomia de plantas, observa com atenção e faz a pergunta que mudaria os rumos de sua pesquisa. O que há dentro dos embrulhos? A resposta veio com uma surpresa: cogumelos, muitos deles. E para que servem?, continuou. Sob risadas das mulheres Sanöma, ficou sabendo: são para comer, é claro. Em foto da década de 1

O que são agroflorestas – a agricultura que copia a natureza

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  Pedro Corrêa/Superinteressante Entenda como a técnica pode frear as mudanças climáticas, recuperar ecossistemas, libertar mulheres e melhorar a situação da fome no mundo. Sezefredo Cruz tentou por anos dominar a natureza. Abusava do fogo para limpar a mata e abrir espaço para suas plantações de banana, arroz, milho e feijão em Barra do Turvo, cidade na divisa entre São Paulo e Paraná. Por um tempo deu certo – o fogo fixa os nutrientes de forma rápida e a produção segue a todo vapor. Só que o processo também desgasta o solo. As pragas começaram a dominar as plantações. Sezefredo seguiu a recomendação tradicional: apostou nos fertilizantes e defensivos químicos. E, a cada novo ciclo, menos dinheiro parava no bolso do agricultor. A paisagem evidenciava os estragos: uma imensidão de terra sem vida, enfeitada com bananeiras fracas e plantas marcadas por pragas. Sezefredo plantava comida, mas só c