Conexões Extradimensionais: Viagens Fractais #3

Nesse instante em que consigo parar um pouco e me concentrar, sinto as amarras que me prendem ao corpo físico afrouxar, assim acesso mais que meus pensamentos. Sinto que estou conectado a outros irmãos. Compartilhamos da mesma alma. Que coisa incrível. Meus mestres sempre me falaram de indivíduos que conseguiam tal proeza, mas nunca imaginei que conseguiria também.

Vejo outros que considero mais desprendidos que eu, e não vivenciaram ainda essa experiência. Sei que o mérito não é meu, ou talvez nem mesmo seja um mérito. De fato, pensando melhor, não é um mérito... É algo que eu preciso mesmo nesse momento, para me auxiliar em minha missão. Me auxiliar no entendimento das coisas que estão acontecendo, e me manter afastado das vibrações negativas, apesar de precisar de participar desses combates.

Essa conexão com Alon me ajudou na questão da serenidade. Na questão de que eu preciso fazer meu trabalho, sem evocar sentimentos ruins, o que fatalmente me levaria a decadência e eventual reencarnação em camadas mais densas do universo. Chegar até aqui já foi bem difícil, e se não tivesse tido ajuda de outros seres mais sutis teria sido muito mais. Por isso me dedico tanto a missão, a causa.

Já Wong, foi uma agradável e recente surpresa. Me lembra dos irmãos que precisam do auxilio e proteção. Me lembra que estamos todos ligados, pois ele, sou eu, assim como é Alon, e somos todos um. Somos peças desse grande quebra-cabeças. Sem as junções, ainda não estamos completos. Somos células de um mesmo organismo, e devemos nos ajudar.

Enquanto estou aqui, em meu compartimento, nessa nave, após um dia de muito esforço, de pequenas derrotas e grandes vitórias, pois elas não são mensuradas por números, tenho o refrigério de poder me reconectar a minhas outras faces, aos meus outros eus, e experienciar, de certa forma, tudo o que vivi e o que viverei. Essa mudança de vibração, me faz sentir que estou no caminho certo, me permite observar a mim mesmo, Angi, de fora, e ao mesmo tempo de dentro.

Essa busca pelos reptilianos e draconianos que estão em Gaia, planeta tão amado onde vivi no passado, pode trazer a tona sentimentos que me puxariam para baixo, mas com a sabedoria de Alon, que agora faz parte de mim, me deixa mais tranquilo e apto para fazer o que preciso, sem me entregar ao rancor.

Num outro momento entrarei em maiores detalhes sobre minha missão, e talvez, se possível, nos detalhes do que está acontecendo no universo, como um todo, até onde minha consciência alcança, que não é muita coisa comparada a complexidade do Todo.

Me retiro para repouso físico, pois em breve precisarei entrar em ação novamente. Até breve.

- Angi, das Plêiades.

 

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