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Mostrando postagens com o rótulo Agricultura

A torre de bambu que pode extrair até 75 litros de água por dia "do nada"

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Uma nova invenção de baixa tecnologia poderia matar a sede de milhões de africanos sedentos absorvendo a água da atmosfera. Na África há muita luta para encontrar água potável para seu povo. Milhões de aldeões passam de 4 a 6 horas por dia procurando água, e na maioria das vezes ela nem está limpa. Com a população da África crescendo em mais de um bilhão de pessoas, o problema só vai ficar cada vez maior. Felizmente, uma organização sem fins lucrativos criou uma estrutura de bambu barata e rápida de montar que ajudará a trazer água limpa "do nada" para os africanos. A invenção deles é o Warka Water Tower, que é projetada para coletar até 75 litros de água por dia da atmosfera. Esta estrutura passiva de fácil manutenção depende apenas da gravidade, condensação e evaporação.   A Warka Water Tower é uma torre de 30 pés de altura feita de materiais locais, naturais e biodegradáveis. Possui uma malha laranja resistente à água no interior que coleta a névoa da atmosfera.

De cambuci a uvaia, conheça 5 frutos em risco de extinção no bioma de Mata Atlântica

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Cambuci: de sabor bastante ácido, o fruto é rico em vitamina C e uma excelente fonte de antioxidantes - Glenn Makuta A Mata Atlântica é a segunda maior floresta em extensão do Brasil, mas também um dos biomas que mais sofre com o desmatamento. Originalmente, a floresta ocupava 1,3 milhão de quilômetros quadrados — hoje restam apenas 7% da cobertura original, distribuídos em 17 estados.   Sob ameaça constante, provocada principalmente pela exploração descontrolada, o bioma tem diversas frutas nativas em ameaça de extinção. Selecionamos cinco dessas frutas que, embora sejam de alta produtividade, correm o risco de desaparecer das matas brasileiras. Para Ligia Meneghello, Coordenadora de Programas e Conteúdo da Associação Slow Food Brasil, um dos principais empecilhos para o consumo dessas frutas nativas — e sua preservação — é a falta de valorização dos produtos nacionais e a padronização da alimentação. "A gente acaba comendo banana, maçã, manga, laranja e conhece po

Taiobas, a confusão: Guia Definitivo de Identificação

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Taioba verdadeira, Xanthosoma taioba. A taioba ( Xanthosoma taioba, por   vezes denominada Xanthosoma saggitifolium)  é uma hortaliça que está voltando a ser consumida e cultivada nas hortas. Pergunte por aí - certamente alguém já ouviu falar ou já comeu, ou conhece alguém que já comeu. É uma verdura folhosa grande, de sabor parecido com a couve, consumida refogada, ou em outras inúmeras receitas, como molhos verdes, pastéis, bolinhos e suflês. O problema é que a taioba é uma planta de difícil identificação, por ser parecida com muitas plantas não comestíveis, ou que exigem um preparo diferenciado. Mesmo a taioba possui alguns indivíduos que, mesmo sendo taiobas, são mais ou menos "mansas", dependendo da localidade do clima e da época do ano.  Muita gente confunde a taioba com o inhame. Depois da leitura desse guia, você aprenderá a diferenciar as duas. Aliás, você precisa saber, na Ásia, as folhas do inhame são consumidas igual a taioba. O problema é que

'Alimento para a alma, não só o corpo': a produção agrícola das 80 roças indígenas na maior cidade do Brasil

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Mulheres são 40% dos agricultores guarani na TI Tenondé Porã - Pedro Biava Quem pensa na cidade de São Paulo imagina logo sua paisagem ostensivamente urbana, com edifícios altos, avenidas congestionadas e quase nenhum verde. Mas o município guarda dentro de seus limites cerca de 30% de território com características rurais, além de 14 aldeias da etnia Guarani, localizadas em duas terras indígenas: Jaraguá, próxima ao pico de mesmo nome, na região Noroeste da cidade, e Tenondé Porã, no extremo Sul. Após décadas vivendo em apenas duas aldeias de 26 hectares cada, os Guarani da TI (Terra Indígena) Tenondé Porã iniciaram em 2013 um processo de retomada de terras, com a dispersão por novas aldeias. Hoje, já são onze no total, oito delas no município de São Paulo, nos distritos de Parelheiros e Marsilac, e outras três na vizinha São Bernardo do Campo.  A terra indígena tem uma população estimada em 2020 de 1,5 mil pessoas, em 15.969 hectares - área equivalente a cerca de 159 qu

A flor capuchinha é comestível, faz bem à saúde – e deixa o prato lindo

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Essa planta faz muito mais do que enfeitar uma receita. Pesquisadores indicam que ela carrega diversos nutrientes que beneficiam a saúde   Pesquisadores da Embrapa Hortaliças, no Distrito Federal, buscam resgatar a tradição de consumo de algumas plantas. Para isso, têm estudado suas propriedades. A primeira a passar por um pente-fino foi a capuchinha, flor cuja tonalidade vai do amarelo-claro ao vermelho intenso. Essa variação de tom já acusa a presença de um grupo aclamado no universo da saúde: o dos carotenoides. “A luteína, conhecida por ajudar na prevenção de doenças da visão, é a que aparece em maior quantidade”, revela Neide Botrel, pesquisadora envolvida no projeto. Vitamina C e minerais como potássio, zinco e cálcio também são encontrados na flor. De acordo com Neide, testes ainda indicaram que, para assegurar o frescor e a beleza, o melhor é mantê-la refrigerada.   Todas as partes da capuchinha merecem espaço na refeição Flores e folhas: As primeiras deixam a salada

Paisagismo Funcional: você sabe o que é?

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  Um projeto de paisagismo pode ir muito além do que apenas fazer um jardim bonito. O paisagismo funcional traz a proposta da criação de espaços que, além de apresentarem a importância estética, desempenham uma função. Os jardins são planejados de acordo com uma finalidade desejada, por exemplo, a de fornecer alimentação, ser educativo ou terapêutico ou para restauração ambiental. Veja baixo algumas finalidades possíveis:    Jardim sensorial: Objetiva a percepção e a valorização do mundo natural através de outros sentidos além da visão: tocar, cheirar e ouvir. É um valioso instrumento da educação inclusiva.    Horta e pomar: Propiciam o resgate do contato com a terra, além da reflexão sobre a importância de uma alimentação natural e equilibrada. Podem ser implantadas também composteiras e minhocários.    Canto das ervas: Cultivo de ervas medicinais, condimentares e aromáticas. Além da utilização doméstica, possibilita a realização de diversas atividades como oficinas de culinári

Mamangavas são polinizadoras eficientes e representadas por mais de 50 espécies no Brasil

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As mamangavas são abelhas solitárias de grande porte muito resistentes e importantes para a polinização — Foto: Wilton Felipe/Acervo Pessoal Abelhas muito temidas pela ferroada não apresentam potencial de ataque; conheça curiosidades sobre elas. Grandes, resistentes e barulhentas. As mamangavas são insetos difíceis de serem predados e, com esses atributos, capazes de se defenderem de inúmeros predadores. Apesar de serem muito temidas com relação ao potencial da ferroada, elas, na verdade, são abelhas solitárias e, de uma forma geral, não são agressivas. Betina Blochtein é professora pesquisadora no Rio Grande do Sul e trabalha com abelhas há 20 anos. Sua especialidade são as abelhas nativas, incluindo as sociais sem-ferrão e solitárias, que não se dispõe em castas e hierarquias. “Eventuais ferroadas ocorrem somente se elas se sentirem muito ameaçadas”, afirma.    Mamangavas conseguem voar por longas distâncias, já que a capacidade do alcance do voo varia também com

Antigo sistema de poda japonês permite extrair madeira sem cortar árvores!

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O desmatamento por extração de madeira poderia ter fim se fosse implementado em larga escala o sistema de poda japonês.   Os japoneses são conhecidos por serem muito meticulosos e buscarem a perfeição em tudo que fazem, mas não esperávamos que sua sabedoria atingisse campos tão inesperadas como a extração de madeira.   A maioria de nós se identifica com o Japão e as árvores através do bonsai, mas há outra arte japonesa que remonta ao século XIV que é tão surpreendente quanto suas pequenas árvores. O Daisugi se baseia no uso de uma técnica especial, semelhante à usada para cultivar bonsai, mas com um resultado bem oposto. Trata-se de uma técnica de silvicultura japonesa em que cedros especialmente plantados são fortemente podados (pense nele como um bonsai gigante) para produzir “botões” que se tornam madeira completamente uniforme, reta e completamente sem ramos.   Em algumas áreas do Japão, é possível encontrar árvores tratadas com a técnica que foram abandonadas após prod