William Godwin: O homem racional - Parte V (Final)


Parte I

Parte II

Parte III 

Parte IV 

Continuando...

Há uma grande dose de verdade no que Orwell diz, mesmo que sua maneira de dizê-lo seja caracteristicamente dogmática. O anarquismo aceita quase sem críticas a ideia de uma opinião pública ativa, por julgar que essa seria uma maneira fácil de resolver o problema do manejo das tendências antissociais do indivíduo. Poucos deram suficiente atenção ao perigo que representaria a substituição de uma tirania física por uma tirania moral e de uma sociedade em que o cenho franzido do vizinho tornar-se-ia algo tão temível quanto a sentença de um juiz. E alguns sentiram-se positivamente atraídos pela ideia de uma autoridade moral irradiante; como qualquer outro movimento visando à reforma da humanidade, o anarquismo também tinha seus fariseus.

Entretanto, embora ressaltando de forma bem pouco inteligente as virtudes da censura mútua, a crítica que Godwin faz da interferência do Estado sobre a opinião pública é bastante arguta e, quando discute a aplicação dessa interferência pelos sistemas de ensino criados pelo Estado, ele aponta os perigos que iriam se tornar ainda mais óbvios no decorrer deste século. Aqui caberia uma longa citação, já que, ao desenvolver uma ideia compartilhada por quase todos os seus antepassados dissidentes, Godwin também esboça uma atitude que se repetiria muitas vezes entre seus sucessores anarquistas, a maioria dos quais encarava os problemas da educação com tanta seriedade quanto o próprio Godwin. Ele chega ao âmago da questão quando demonstra; os perigosos usos que o governo pode fazer do ensino quando tem o controle nas mãos.

"Não se deve estimular qualquer projeto de criação de um sistema estatal de ensino pela óbvia ligação que este teria com o governo nacional, um vínculo muito mais formidável do que a velha e bastante contestada aliança entre Igreja e Estado.

"Cumpre-nos refletir antes de colocar tão poderosa máquina em mãos de tão ambíguo agente. O governo não deixará de utilizá-la para reforçar seus poderes e perpetuar suas instituições. Mesmo admitindo a hipótese de que os agentes do governo não se proporão objetivos que, a seus próprios olhos, parecerão não apenas inocentes, mas meritórios, o mal seria feito. Suas ideias como fundadores de um sistema de ensino não poderão deixar de ser análogas às que terão na sua qualidade de políticos; as premissas que justificarão sua conduta como estadistas serão aquelas que servirão de base ao seu sistema de ensino. Não é verdade que os nossos jovens devam ser ensinados a venerar o Estado; deveríamos ensiná-los a respeitar a verdade e a Constituição apenas até onde esta correspondesse às suas próprias deduções sobre o que é verdadeiro. Se o plano de criar um sistema estatal de ensino tivesse sido adotado no apogeu do despotismo, é provável que não conseguisse abafar para sempre a voz da verdade, mas teria sido o mais terrível e sagaz de todos os ardis que a imaginação poderia sugerir para atingir tal objetivo. Mesmo nos países onde predomina a liberdade ocorrem falhas graves, e o sistema estatal de ensino contribui diretamente para perpetuá-las, moldando todas as mentes segundo um único modelo."

Os métodos utilizados pelos estados totalitários da nossa época não nos dão qualquer motivo para pensar que Godwin tivesse exagerado quando falou sobre os perigos de um sistema de ensino entregue nas mãos de líderes políticos. Para ele, a pequena escola independente - assim como o pequeno grupo de discussão - continuava sendo a escola desejável, e o ensino particular parecia-lhe superior a todos os outros.

O último capítulo de Justiça política, no qual Godwin examina a instituição da propriedade, é o mais famoso dessa obra-prima, devido à sua suposta antevisão de uma economia socialista. Mas é ao denunciar os efeitos da propriedade privada e insistir na estreita ligação entre propriedade e sistemas de governo que Godwin realmente antecipa o socialismo - se atribuirmos a essa palavra a conotação moderna de domínio do Estado. Suas sugestões sobre as mudanças no sistema de propriedade são invariavelmente anarquistas.

Godwin começa observando que a abolição do "sistema de coerção e castigo" está intimamente vinculada ao fato de que a propriedade passe a ter bases equitativas. Todo homem teria então o "direito não apenas aos meios de sobrevivência, mas de uma sobrevivência com dignidade, desde que o estoque geral fosse suficiente". Mas essa reivindicação por uma justa distribuição da propriedade comum pressupõe o dever de que cada um desempenhe a sua parte nas tarefas comuns.

"A justiça determina que cada homem - a menos talvez que se ocupe com tarefas mais úteis ao bem-estar da comunidade - deve contribuir com a sua parte na colheita, da qual irá consumir aquilo a que tiver direito. Essa reciprocidade... é a própria essência da justiça."

No esboço grosseiro que Godwin faz sobre o funcionamento de uma sociedade sem propriedade privada, é possível perceber a mesma visão agrária que encontramos em Moro, Winstanley, Morris e Kropotkin - uma visão de homens trabalhando lado a lado nos campos e depois retirando dos celeiros e armazéns comuns tudo aquilo de que necessitassem, de acordo com sua própria estimativa, sem qualquer mecanismo que envolvesse dinheiro ou troca, pois a "troca é a pior de todas as práticas". Tal como outros escritores anarquistas posteriores, Godwin prevê um modo de vida drasticamente simplificado, pois o luxo corrompe - elevemos ter tanta pena dos ricos quanto dos pobres - e o trabalho é necessário à felicidade do ser humano. A situação ideal seria aquela em que o homem tivesse uma mente independente e ativa - a primeira nos faz sentir que os nossos prazeres não dependem nem dos homens nem da fortuna; a segunda nos enche de uma alegria provocada pelo esforço feito para atingir objetivos cujo valor intrínseco reconhecemos. 

Piotr Kropotkin - um dos principais pensadores políticos do Anarquismo no fim do século XIX

"A propriedade acumulada - a expressão pré-marxista de Godwin para designar o que chamamos de capitalismo - é contrária ao enriquecimento qualitativo da vida. Ao perpetuar a desigualdade econômica, ela "esmaga a força do pensamento, transformando-a em pó; extingue as fagulhas da genialidade e reduz a grande massa da humanidade a viver mergulhada em preocupações sórdidas." Em oposição a esse domínio funesto, Godwin pinta um quadro idílico de sua própria utopia. Com o fim do luxo, "cessaria a necessidade de grande parte do trabalho manual que a humanidade produz; e o resto, amigavelmente partilhado por todos os membros ativos e vigorosos da comunidade, deixaria de ser um fardo. Todo homem teria uma dieta frugal, mas saudável. Cada homem exercitaria o corpo com moderação, o que serviria para animar-lhe o espírito. Mas ninguém ficaria embotado pelo cansaço, todos teriam lazer suficiente para cultivar as gentis e filantrópicas inclinações da alma e libertar suas potencialidades, em busca de aperfeiçoamento intelectual... Os gênios... ficariam livres das preocupações que perpetuamente os levam a pensar em dinheiro e, em consequência, viveriam livremente, entre sentimentos de generosidade e interesse pelo bem geral.

Godwin afirma que tal sistema acabaria com as principais causas do crime, que resulta do fato de que "um homem possua em abundância aquilo de que o outro carece".

A inveja e o egoísmo desapareceriam, e com eles a ansiedade e a insegurança; a corrupção deixaria de existir e cessaria o principal estímulo para as guerras. "Com frequência mil vezes maior do que no presente, cada homem se acercaria de seu vizinho movido por sentimentos de amor e bondade mútuos, mas cada homem pensaria e agiria por si mesmo."

Godwin continua, descrevendo em detalhes a sua arcádia igualitária. Antecipa Veblen, ao observar que geralmente a propriedade é desejada não por si mesma, mas pela distinção que confere a quem a possui; numa sociedade igualitária, entretanto, o homem procurará distinguir-se pelos serviços que prestar ao bem público. Ele também fala longamente sobre qual seria o número ideal de horas de trabalho e apresenta uma estimativa surpreendente, quando afirma que, num tipo de vida destituído de luxo, o trabalho poderia ser reduzido a apenas meia hora diária. Para chegar a tais conclusões, vale-se de uma visão profética sobre o desenvolvimento industrial do futuro, que também o leva a sugerir uma forma de evitar a cooperação excessiva. Pois, tal como Proudhon e Stirner e diferente de Kropotkin e Bakunin, o individualismo de Godwin o fazia desconfiar profundamente de qualquer tipo de colaboração que pudesse consolidar-se, adquirindo formas institucionais A esse respeito, cultiva alguns deliciosos absurdos, como duvidar que um homem capaz de opiniões independentes pudesse tocar numa orquestra ou participar de uma representação teatral, mas faz uma observação válida quando diz que um homem livre não deve se deixar levar, mais do que o necessário, pelas conveniências dos outros. Godwin vê no progresso tecnológico a possibilidade de proporcionar ao indivíduo meios para que se torne mais independente.

"Hoje, derrubar uma árvore, abrir um canal, navegar um barco exige o esforço de muitos. Será sempre assim? Quando olhamos os complicados mecanismos criados pelo homem: vários tipos de moinhos, máquinas de fiar, caldeiras a vapor, não nos espantamos ao ver o volume de trabalho que executam? Quem poderá prever até onde chegará o progresso? No futuro que aqui esboçamos, ele poderá ter eliminado a necessidade do trabalho humano."

Vivendo no início da Revolução Industrial, Godwin tem a mesma atitude de espanto que H. G. Wells teria no início da Revolução Tecnológica*, atrevendo-se até a sugerir que a ciência poderia vir a descobrir o segredo da imortalidade!

* Até agora a história não confirmou as previsões de Godwin. O principal efeito do desenvolvimento industrial foi aumentar a divisão do trabalho, reforçando com isso a rede de cooperação mútua. Além disso, a visão de Godwin ignora o fato de que, mesmo que seja operada por um só homem, a maquinaria mais complexa sempre é feita por muitos homens. Entretanto, vale a pena observar que alguns dos maiores escritores modernos que tratam das relações econômicas e sociais, como Lewis Munford, sugeriram que eventualmente o progresso tecnológico poderá vir a provocar uma ruptura das estruturas monolíticas da indústria contemporânea, acompanhada pela descentralização geográfica, pela dissolução das metrópoles e pelo retorno a uma ordem social orgânica, na qual o indivíduo poderá desenvolver-se com mais liberdade do que no passado recente. Se isso chegar a acontecer, Godwin verá realizada a sua ideia da máquina como libertadora.

Ilustração do livro A Maquina do Tempo, de H. G. Wells
 

Apesar da suspeita com que encarava a cooperação, Godwin não imagina os homens liberados vivendo isolados uns dos outros, cheios de suspeitas mútuas. Pelo contrário, imagina a possibilidade de especialização nos vários ofícios, o que levaria o homem a seguir a profissão para a qual tivesse maiores aptidões e a distribuir o excesso de sua produção entre quem dela necessitasse e recebendo as sobras do que seus vizinhos tivessem feito, sempre com base na distribuição espontânea, jamais na troca. É evidente que, apesar de suas especulações sobre o futuro da máquina, a sociedade ideal de Godwin baseava-se numa economia de artesanato e de cultivo da terra.

Mas, acima de tudo, a comunicação entre os homens continua sendo necessária, como uma forma de promover o amadurecimento do raciocínio e o desenvolvimento do caráter através de conversas francas e de trocas de ideias. Esse tipo de relacionamento exclui, naturalmente, ligações pessoais possessivas e é por essa razão que Godwin fez sua célebre condenação ao casamento, que pretende dar permanência a uma escolha feita no passado sendo, além disso, "a pior forma de propriedade". "Homens e mulheres viverão como iguais, num clima de amizade, e a propagação da espécie será regida pela ditames da razão e do dever." Quanto às crianças, elas também deverão se libertar do domínio de pais e professores. "Nenhum ser humano aprenderá nada, a menos que o deseje e que tenha alguma ideia a respeito de sua utilidade e valor."

Godwin não chegou a deixar qualquer movimento de protesto organizado que pudesse ser de alguma forma relacionado com aquele que surgiu em 1860, a partir da semente lançada por Proudhon. Logo depois de sua publicação, Justiça política teve grande sucesso durante alguns anos, até que o céu político se encheu de nuvens, provocadas pela guerra entre a Inglaterra e a França revolucionária. O ano em que o breve e romântico casamento de Godwin com Mary Wollstonecraft chegou ao fim, 1797, marcou um momento decisivo. O sucesso popular de Justiça política acabou, de forma abrupta. Coleridge, Wordsworth e Southey, todos eles partidários de Godwin nos bons tempos, reconsideraram rapidamente a sua fugaz adesão às ideias contidas na Justiça política e não merecem mais do que uma simples menção na história do anarquismo. Os círculos operários que haviam economizado os seus três pence para comprar exemplares de Justiça política e discuti-la desapareceram com o que restava do movimento radical nos dias negros do fim do século. O próprio Godwin, manchado por calúnias, reduzido à condição de devedor pelo resto de sua vida e escrevendo quase que exclusivamente para sobreviver, manteve suas ideias com exemplar integridade, apoiado pela consideração e apreço de homens como Hazzlitt, Lamb e Coleridge, que o abandonara como discípulo mas voltara como amigo. E embora tivesse revisado Justiça política duas vezes para novas edições, Godwin jamais retirou ou amenizou as conclusões anarquistas a que havia chegado na primeira edição, apesar das acusações sensacionalistas que lhe foram feitas por escritores como De Quincey.

Esse é o esboço do plano de Godwin de um mundo de universal benevolência, em cuja direção a justiça avança e que cabe a cada homem esclarecido promover através de seus ensinamentos. Justiça política finaliza num tom de majestosa retórica e serena confiança no poder da razão. Nele, como disse Sir Alexander Gray, Godwin resume, como nenhum outro, a síntese e a essência do anarquismo e, ao fazê-lo, concretiza toda uma tradição. E, o que é mais surpreendente, o faz num tom profético. Justiça política permaneceu como um trabalho isolado durante meio século. O próprio Godwin não voltou a escrever nada parecido, embora sua primeira novela, Caleb Williams - uma história de perseguição quase kafkiana, na qual um homem inocente é perseguido por todas as forças hostis da sociedade -, pudesse ser considerada uma parábola anarquista. Mas após a publicação de Caleb Williams, em 1794, seu autor começou a mergulhar nas sombras da rua Gruber, e seus romances posteriores, suas minuciosas biografias e peças teatrais medíocres (que ele teimosamente considerava o melhor de sua obra) pertencem à história da literatura menor da Inglaterra. 

Caleb Williams, edição de 1903 da  Charles Scribiner's Sons.

Na verdade, não foi durante aqueles anos, em que gozou de popularidade "exaltada e doentia" como tão apropriadamente a descreveu Hazzlitt, que Godwin exerceu maior influência, mas sim no período em que sua reputação havia descido ao nível mais baixo. Em 1811, Shelley descobriu, com grande surpresa, que o autor de Justiça política ainda estava vivo. Seguiu-se uma amizade marcada não apenas por uma série de acontecimentos sensacionais, como a fuga de Shelley com a filha de Godwin e os incessantes pedidos de empréstimo que Godwin fazia a Shelley, como pela consolidação de um traço godwiniano nos versos do poeta, que mesmo o platonismo da sua fase final jamais conseguiu apagar totalmente. Pelo menos em um nível, Queen Mab, The Revolt of Islam e Prometheus Umbound são transmutações, em verso, das ideias expostas em Justiça política, e mesmo Hellas não poderia ser o que é sem a influência de Godwin. Outros escritores - principalmente H. N. Brailsford e Frank Lea - investigaram a dívida intelectual do poeta para com o filósofo, concluindo ser ela mais do que suficiente para cancelar a dívida econômica do filósofo para com o poeta. Basta dizer que foi através do "godwinismo" de Shelley que o anarquismo figurou pela primeira vez como tema da literatura mundial. E, embora talvez Shelley seja obrigado a ceder a Tolstói a honra de ser o maior dos escritores anarquistas, ele permanece como o maior dos poetas anarquistas.

Godwin exerceu uma influência bem menos óbvia sobre o movimento trabalhista inglês. É provável que muitos dos operários que haviam lido Justiça política em 1790 tivessem continuado a admirar Godwin no fundo de seus corações, enquanto pelo menos três dos mais influentes entre os primeiros socialistas foram influenciados por Godwin, então nos seus últimos anos de vida. Um deles foi Robert Owen, que o conhecia pessoalmente. Owen não era anarquista, mas absorveu as desconfianças que Godwin sentia pelos movimentos políticos e é através dele que o elemento libertário foi transmitido aos primeiros sindicatos classistas e principalmente à União de Sindicatos. Frances Place, outro lutador dedicado à causa do direito dos operários se unirem numa associação, foi também discípulo de Godwin e, num determinado momento, assumiu a ingrata tarefa de tentar desenredar seus problemas financeiros. William Thompson, um dos primeiros economistas socialistas, desenvolveu suas teorias sobre propriedade baseando-se, em grande parte, no Livro VIII da Justiça política. Pode ter sido através dele que certamente influenciou as teorias econômicas de Karl Marx, que aquele frágil fantasma anarquista conhecido como "a decadência do estado" chegou para assombrar a imaginação daquele que foi o mais autoritário de todos os socialistas.

Quando o socialismo inglês ressuscitou durante a década de 1880, ele assumiu um tom singularmente libertário, e ecos de Godwin podiam ser percebidos nas obras de muitos de seus principais expoentes. As Notícias de Nenhum Lugar, de Morris, parecem uma adaptação da utopia criada por Godwin, transportada para a época medieval. A alma do homem sob o socialismo é, como observou o Dr. F. E. L. Priestley, uma minuciosa e completa repetição de todo o sistema criado por Godwin. G. B. Shaw escolheu um tema godwiniano para desenvolver em De volta a Matusalém e H. G. Wells, em Deuses e homens, aproximou a sociedade ideal de Godwin das especulações dos cientistas eduardianos.

Em épocas mais recentes, desde a Segunda Guerra Mundial, os escritores ingleses voltaram a ler Godwin com renovado interesse. J. M. Murray, Herbert Read e Charles Morgan observaram como a crítica que Godwin faz das "instituições formais" ainda parece válida num mundo tão cheio de governos; e críticos como Angus Wilson, Walter Allen e Roy Fuller reconheceram no romance Caleb Williams um trabalho pioneiro sobre crime e perseguição, uma extraordinária antevisão das ansiedades que constituem o tema de inúmeros trabalhos de ficção contemporânea. Cento e cinquenta anos depois de sua morte, em 1836, Godwin figura, mais do que nunca desde 1797, como um marco não só para o desenvolvimento do pensamento político, mas também na história da literatura inglesa.

Entretanto, permanece a ironia de que a influência de Justiça política, a mais completa entre as primeiras exposições das ideias anarquistas, fosse tão evidente na literatura e no movimento socialista inglês, mas permanecesse ausente do movimento anarquista propriamente dito, surgindo apenas muito mais tarde. Pois Stirner e Proudhon não retomaram do ponto em que Godwin parou - cada um deles começa do princípio a trilhar seu próprio caminho até a liberdade.

 Fim


 

 

Texto: George Woodcock no livro História das ideias e movimentos anarquistas - Vol l

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